28/12/11

um almoço nunca é de graça, mas os livros podem ser


Os dois volumes de "O Medo do Homem Sábio" de Patrick Rothfuss, continuação de "O Nome do Vento" (as duas partes com tradução minha) para quem enviar a melhor frase contendo obrigatoriamente as seguintes palavras: 

hombridade

s. f.
1. Aspecto varonil.

2. Dignidade, nobreza de carácter.
3. Altivez louvável.
4. Desejo de ombrear.


serapilheira

s. f.
1. Tecido grosseiro para envolver fardos.

2. Pano com que se limpa o chão quando o lavam.


palito

s. m.
1. Haste fina usada para limpar os dentes ou para levar à boca pequenos alimentos.

2. Objecto com forma de pequeno pau.
3. Biscoito comprido.
4. Fósforo de madeira.
5. [Informal]  Pessoa muito magra.


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27/12/11

alguém se portou muito bem durante o ano para receber uma prenda destas


Filipa Brazona, apresentadora do Insert Coin, magazine de jogos do canal AXN, mostrando como está feliz com a rica prenda que lhe calhou no sapatinho. (O que foi? Bem enrolado cabe em qualquer sapato. É tudo uma questão de força.)

05/12/11

os críticos

Diz-se que é desaconselhável responder a críticos. Não sei se isto se aplica apenas a quem diz coisas menos positivas sobre o que fazemos ou também a quem elogia. Para não correr riscos, talvez seja melhor depreender que se aplicará nas duas situações. Pessoalmente, devo admitir que nem sempre cumpri. Tempos houve em que me custava muito aceitar que houvesse gente a questionar a perfeição divina de coisas que me saíam dos dedos. Isto apesar de eu próprio a rejeitar e de encontrar defeitos múltiplos linha sim, linha não. É um enorme paradoxo. Talvez seja hipocrisia. Mas chamemos-lhe "idiossincrasia de autor". Sempre fica mais enfeitado. 

Outro paradoxo é que também eu já fui/ainda sou crítico. Expressei opiniões absolutamente pessoais e fundamentadas (quando o são) com argumentos por mim formulados com o objectivo expresso de dar a entender que o que digo tem alguma solidez e não assenta apenas sobre a frágil realidade de gostar ou não de determinado filme, livro ou programa de televisão. De gostar muito, pouco ou assim-assim. Com estes sólidos alicerces de coisa nenhuma, permiti-me (e ainda permito) o direito de registar opiniões tantas vezes desconhecedoras, injustas ou injustificadas sobre coisas produzidas por pessoas quase sempre mais competentes do que eu na sua área específica.

E faço-o por duas razões. Em primeiro lugar, porque posso. É sempre um excelente motivo. Em segundo lugar, porque a abençoada liberdade de expressão em que ainda vamos vivendo me permite falar livremente sobre o que me apeteça sem me obrigar a demonstrar competência prévia para o fazer. Além disso, acredito que uma crítica, profissional ou não (há factores mais relevantes para apreciar a validade de uma opinião do que o facto de o seu autor ter ou não sido pago para a emitir), é algo de inestimável. Quando faltam opiniões de amigos ou de conhecidos em cujo juízo confiamos, é pela palavra dos críticos que conhecemos uma obra e que, lamentável mas inevitavelmente, a vamos julgando sem a conhecermos. Muitos não passarão daqui e viverão felizes e contentes com esta opinião emprestada. Outros procurarão confirmar de alguma forma o que leram ou ouviram e formularão juízo próprio. Um modus operandi não é mais louvável que o outro. Cada qual saberá de si.

Com os anos, fui aprendendo a não levar as coisas tão a peito. Aceitei que não era pessoal (confissão de crítico arrependido: muitas vezes, até é) e que faz tudo parte do grande esquema cósmico que rege estas coisas. Cria-se algo que é posteriormente tornado público por livre e expressa vontade do seu autor e quem gosta tem o direito absoluto e inalienável de dizer o que lhe pareceu. Quem não gosta também. Mesmo quando é muito injusto ou quando roça os limites da maldade. Mesmo quando atribui a um autor intenções que nunca teve, inspirações que nunca pretendeu seguir ou quando insinua acusações sem qualquer fundamento. Por exemplo, quando, a propósito de um livro que pretendia ser humorístico, diz que algumas piadas são "pirateadas" sem apresentar uma lista das mesmas e sem referir quais serão os originais supostamente rapinados. Outro alvo menos paradoxal poderia exigir isto mesmo, mas eu não. Nem sequer lhe digo que está enganado e que as piadas em questão, boas ou más, são todas de minha responsabilidade. Limito-me a enviar daqui um grande abraço a este crítico em específico, a agradecer-lhe a sua opinião e a desejar-lhe a melhor das sortes. Bem hajas.